O Que aconteceria se o tempo fosse apenas uma ilusão?

Para o britânico Julian Barbour, o universo não é outra coisa que uma grande coleção de momentos e de coisas. Além disso, não tem sentido querer ordenar cronologicamente esses diferentes momentos.Para compreender esta questão raciocínio, o físico britânico Julian Barbour propõe a seguinte analogia.
Imagine que você colocou “O que” e o vento levou” em um player de DVD que aleatoriamente salta para a frente e para trás, você está contemplando a cena em que Scarlett O’Hara jura que jamais voltará a passar fome e, em seguida, Scarlett aparece conhecendo Rhett Butler. Os protagonistas não encontram nenhum problema, eles fazem o que têm que fazer, e sempre o fazem. Se você pudesse parar o DVD e perguntar sobre o que pensam nesse momento, te responderiam exatamente. Sua vida, que, em essência, consiste em sua memória e as suas memórias, é como um conjunto de slides que provocam a sensação de passagem do tempo. É mais, essa sensação não requer a existência de cenas anteriores, tudo se encontra em esse slide particular do universo.
Se pensarmos com cuidado, nos deparamos com algo que pode parecer mentira, não temos instrumentos que medem a passagem do tempo. A teoria diz que o espaço e o tempo nasceram há cerca de 13.900 milhões de anos, o momento mágico em que o nosso universo começou a existir devido a uma grande explosão.
Ora, sabemos que ocorrem os segundos, os minutos e as horas, porque vemos mudanças ao nosso redor. E se não tivesse nada? A teoria quântica, que explica o que acontece ao nível de átomos e moléculas, diz que não há nada parecido com relógios perfeitos em todo o mundo subatômivo: todos estão sujeitos a chamada incerteza quântica, o que faz com que seu funcionamento seja imprevisível, até mesmo poderiam marchar para trás. O único que tem um carácter absoluto e fixo são as leis da física.